sábado, 28 de dezembro de 2013

O cinema imundo!

Ontem fui ao cinema. Não vou muitas vezes ver filmes mas a vontade de inverter esta tendência não foi aumentada com esta incursão de fim de ano.

Porquê? Porque não gosto de imundice, não me sinto bem no meio do lixo e não gosto de ser mal servido. E hoje em dia, salvo algumas exceções, ir ao cinema é conviver com a falta de limpeza das salas de exibição, é ter que estar muito atento onde pomos os pés, onde nós sentamos e onde pousamos os casacos. É ficar tempo demais em filas de espera para comprar bilhete porque o funcionário também tem que servir as bebidas, a comida e as pipocas que os "cinéfilos" levam consigo. É não ter ninguém para indicar os lugares, mesmo quando as letras das filas estão apagadas e as cadeiras já não mostram claramente o seu número. É ver blocos publicitários iguais aos da TVI em horário nobre. É sentir os pés colados a um chão pegajoso de refrigerante derramado, é ver pipocas espalhadas por todo lado logo após ter visto a "equipa de limpeza" abandonar a sala. É ouvir comer durante o filme, é ouvir comentários durante todo o filme, é cheirar pipocas e gomas, é ouvir o crepitar das batatas fritas e dos aperitivos.

No meio desta explosão sensorial, ainda conseguimos "ver, ouvir e sentir" o filme. Lembram-se do filme? Também lá está mas percebo que cada vez vamos menos lá vê-lo! Não será só pelo preço dos bilhetes. Quero acreditar que somos poucos os que gostam de se sentir no meio da imundice e ainda ter que pagar por isso!